O prefeito Ricardo Nunes encaminhou à Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei que propõe reconhecer a obra de Mauricio de Sousa como Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade. A proposta foi enviada nesta segunda-feira (27), data em que o criador da Turma da Mônica completa 90 anos, e busca eternizar o legado de um dos maiores nomes da cultura brasileira.
“Mauricio de Sousa é um gênio da arte brasileira que inspira gerações. Sua obra faz parte da memória afetiva de milhões de pessoas. Nada mais justo do que celebrar essa trajetória justamente no dia em que ele completa 90 anos”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes.
Em nota, a Mauricio de Sousa Produções (MSP) destacou a relevância simbólica do gesto, lembrando que foi em São Paulo que nasceram as primeiras tiras do cartunista.
“Recebemos com grande alegria a proposta de reconhecimento. As histórias de Mauricio nasceram na capital paulista e ajudaram a formar gerações com valores de amizade, respeito e empatia”, declarou a empresa.
Da infância ao reconhecimento mundial
Nascido em Santa Isabel (SP), em 1935, Mauricio começou a desenhar ainda criança e iniciou sua trajetória profissional como ilustrador e repórter policial. Em 1959, criou sua primeira tira em jornal, estrelada pelo cãozinho Bidu e seu dono Franjinha, personagens que dariam origem à célebre Turma da Mônica.
De lá para cá, o artista construiu um universo com mais de 400 personagens, que atravessam gerações e fronteiras.
As criações de Mauricio expandiram-se dos quadrinhos para a televisão, o cinema, o teatro, a literatura e projetos educacionais, tornando-se parte essencial da cultura popular brasileira.
Legado cultural e social
Com a proposta de tornar sua obra patrimônio imaterial, a Prefeitura de São Paulo pretende preservar o valor simbólico e educativo das histórias que há mais de seis décadas encantam leitores de todas as idades.
A iniciativa reconhece que o trabalho de Mauricio de Sousa transcende a arte e o entretenimento, refletindo também um compromisso com valores humanos e sociais que marcam a identidade cultural dos paulistanos.