O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidiu adiar a sabatina de Jorge Messias, atual chefe da Advocacia-Geral da União e indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. A sessão, prevista para ocorrer no dia 10 na Comissão de Constituição e Justiça, foi retirada do calendário após o Senado alegar falta de documentação obrigatória enviada pelo Executivo.
Alcolumbre informou que o Palácio do Planalto não remeteu a mensagem formalizando a indicação, documento indispensável para que o processo siga para análise dos senadores. Ele classificou a ausência como um problema grave e disse que a situação poderia comprometer a regularidade do rito, já que a sabatina não pode ser realizada sem a comunicação oficial.
A nota divulgada pelo presidente do Senado afirma que a falha cria interferência direta no cronograma definido pelo Legislativo e que, para evitar questionamentos futuros, tanto a Presidência da Casa quanto a Comissão de Constituição e Justiça optaram por suspender o planejamento inicial.
Após o anúncio, o relator da indicação, senador Weverton Rocha, reuniu-se reservadamente com Jacques Wagner, líder do governo no Senado, para discutir a nova data e os próximos passos da tramitação. O adiamento foi bem recebido pelo Planalto, que considerava curto o tempo disponível para que Messias conversasse individualmente com os parlamentares, etapa tradicional na qual o indicado busca esclarecer dúvidas, reduzir resistências e construir apoio antes da votação.