
A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) realizou nesta quinta-feira (26), na sede da B3, o 5º Leilão de Petróleo da União. Foram ofertados 74,5 milhões de barris de petróleo, extraídos dos campos de Mero, Búzios, Itapu e Sépia, com produção prevista para 2025 e 2026. A expectativa de arrecadação é de até R$ 28 bilhões.
O leilão foi dividido em sete lotes e atraiu a participação de dez empresas, entre elas grandes nomes do setor: Petrobras, ExxonMobil, Shell, TotalEnergies, Equinor, CNOOC, Galp, PetroChina, PRIO e Refinaria de Mataripe (Acelen).
Disputa acirrada e diversidade de vencedores
Os campos mais disputados foram os de Mero, com quatro lotes:
- A Petrobras venceu dois deles: o primeiro, com 14 milhões de barris do FPSO Guanabara (Brent – US$ 1,22) e o quarto, com 17,5 milhões de barris dos FPSOs Alexandre de Gusmão e Pioneiro de Libra (Brent – US$ 1,54).
- O consórcio Galp/ExxonMobil levou o segundo lote, também de 14 milhões de barris, com deságio de US$ 1,35 por barril.
- Já o terceiro lote ficou com o grupo PetroChina/Refinaria de Mataripe e Equinor, que ofereceram Brent – US$ 1,11.
- Em seguida, os demais lotes também foram disputados:
- O campo de Búzios (3,5 milhões de barris) foi arrematado pelo grupo PetroChina/Refinaria de Mataripe, com deságio de US$ 1,14 por barril.
- O campo de Itapu (6,5 milhões de barris) teve o melhor resultado do leilão: Brent – US$ 0,65 por barril, também ofertado pelo grupo PetroChina.
- Por fim, a Petrobras venceu o lote do campo de Sépia, com 5 milhões de barris e deságio de US$ 1,69.
Governo comemora resultado e destaca potencial
Segundo o Secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, o Brasil ainda tem grande espaço para o petróleo na matriz energética.
“Queremos avançar para novas fronteiras”, afirmou.
O presidente da PPSA, Luis Fernando Parolli, também celebrou os números. Ele ressaltou a confiança crescente do mercado e o amadurecimento do modelo de comercialização:
“Ofertamos o maior volume da história e, como resultado, alcançamos a maior arrecadação. Isso prova o enorme potencial do regime de partilha em gerar valor e riqueza para o Brasil.”
Com resultados recordes, o leilão reforça o protagonismo do pré-sal na indústria de petróleo e gás. Além disso, demonstra que o Brasil continua atraente para investimentos, mesmo em meio aos desafios da transição energética global.
Fonte: Agência Brasil