Lula rebate críticas de Trump e defende postura do Brasil

Presidente Lula
Presidente Lula | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu nesta quinta-feira (14), em Pernambuco, às declarações de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que classificou o Brasil como um dos “piores parceiros comerciais”. Lula afirmou que a crítica é falsa e reforçou a autonomia do país nas relações internacionais.

“É mentira que o Brasil seja mau parceiro. O Brasil é bom, só não vai andar de joelhos para governo americano”, disse o presidente. Ele ainda acusou os EUA de ameaçarem o país “todos os dias” e declarou que, se Trump fosse brasileiro, seria julgado e preso pela invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Acusações de Trump e defesa brasileira

Na Casa Branca, Trump afirmou que “o Brasil tem sido horrível em relações comerciais” e criticou as tarifas sobre produtos americanos. Ele também voltou a comentar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chamando-a de “execução política”.

Questionado sobre a aproximação de Brasil e México com a China, Trump disse: “Não estou preocupado. Eles não estão muito bem. Estamos melhores do que eles”. Lula rebateu, afirmando que os EUA não tiveram prejuízo no comércio bilateral. “Se você pegar 15 anos, eles tiveram lucro de US$ 410 bilhões”, afirmou. Ele completou: “Ele resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil e nós estamos desmentindo.”

Agenda social e projetos prioritários

As declarações de Lula ocorreram durante a entrega de títulos de regularização fundiária em Brasília Teimosa, no Recife (PE). No evento, o presidente adiantou medidas do governo para o segundo semestre:

  • O projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil deve ser votado até o fim de agosto.
  • Ainda este mês, o governo federal enviará proposta para oferecer gás de cozinha gratuito às famílias mais pobres.
  • Futuramente, o Executivo pretende criar uma linha de crédito para reformas de moradias.

Impacto político e relações externas

Analistas destacam que a resposta de Lula marca firmeza na política externa e protege a imagem do Brasil como parceiro confiável. Além disso, o governo reforça a prioridade em projetos sociais que beneficiam a população mais vulnerável.