
O mercado financeiro brasileiro teve um dia de otimismo nesta quarta-feira (11), impulsionado por notícias positivas vindas dos Estados Unidos. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,538, com queda de 0,57%, no menor patamar desde outubro de 2024. A queda foi influenciada pela divulgação da inflação norte-americana abaixo do esperado e pelo anúncio de um possível acordo comercial entre EUA e China.
O desempenho positivo da moeda brasileira também se refletiu no mercado de ações. O Ibovespa, principal índice da B3, avançou 0,51% e fechou aos 137.128 pontos, retomando o patamar dos 137 mil. O resultado foi puxado pela valorização das ações de bancos privados e da Petrobras, que se beneficiaram da forte alta no preço do petróleo.
As ações ordinárias da Petrobras subiram 2,93%, enquanto as preferenciais tiveram alta de 3,33%. A valorização do petróleo — mais de 4% no dia — foi motivada por tensões geopolíticas no Oriente Médio, com destaque para a possível evacuação da embaixada dos EUA no Iraque e novas ameaças do Irã.
Além disso, o anúncio de que os EUA e a China concluíram negociações comerciais também animou os investidores. O acordo prevê mudanças nas tarifas de importação e o fim de restrições aos minerais raros chineses, embora ainda dependa da ratificação por Donald Trump e Xi Jinping.
Outro fator que trouxe alívio foi a inflação de maio nos Estados Unidos, que subiu apenas 0,1%, abaixo das previsões. O resultado aumenta as expectativas de que o Federal Reserve possa iniciar cortes nas taxas de juros antes do previsto, o que tende a favorecer economias emergentes como a brasileira.
Com isso, o real segue como a moeda de melhor desempenho entre os países latino-americanos em 2025, acumulando uma valorização de 10,4% no ano e 3,18% apenas no mês de junho.
Fonte: Agência Brasil