
Em abril de 2025, o Brasil atingiu um importante marco econômico ao registrar a criação de mais de 250 mil empregos formais. Os dados, divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), revelaram que foram geradas 257.528 novas vagas com carteira assinada. Este resultado não apenas representa o melhor desempenho do mês na série histórica do CAGED, mas também superou as expectativas do mercado.
A sub-secretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, atribuiu esse saldo positivo, em parte, à expansão dos setores ferroviário e da construção civil. Montagner mencionou que o crescimento nessas áreas já era previsto, impulsionado por contratações realizadas através de fundos públicos como o FGTS e pela construção de 1,2 milhão de novas moradias.
O setor de transporte ferroviário, especificamente, apresentou um crescimento considerável. Isso se deve a investimentos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No total acumulado deste ano, a geração de empregos com registro formal alcançou mais de 922 mil vagas, embora esse número seja inferior à previsão dos analistas, que esperavam cerca de 1 milhão de novos postos. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, em 2024, a abertura líquida foi registrada em 965.818 vagas.
Durante a divulgação dos dados do CAGED, o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, aproveitou para criticar a decisão do Banco Central em manter os juros elevados no país. Ele destacou que essa situação exige um esforço adicional do governo para manter a economia ativa. Marinho enfatizou que o governo está realizando um “quase milagre” para sustentar a economia e gerar novos empregos, mesmo diante da alta taxa básica de juros.
Atualmente, a taxa Selic encontra-se em 14,75%, com a expectativa do Banco Central de que essa taxa permaneça elevada por um período prolongado. Marinho declarou: “Acho que, novamente, é um problema sério. Estamos fazendo quase que um milagre para segurar a economia funcionando e criando novos empregos. De fato, os juros estão excessivamente elevados”.